segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Thanksgiving

Ontem foi dia de ação de graças aqui nos Estados Unidos. Um feriado deveras estranho e um dos mais importantes da cultura norte-americana, onde toda família se reúne para jantar e agradecer o que acha que devem agradecer.
Tive a felicidade de ser convidado para um jantar na casa de um amigo brasileiro que também mora aqui. A sua família o estava visitando e ele resolveu fazer um jantar na casa dele. Mais estranho que o jantar propriamente dito é a aceitação de um feriado tipicamente americano por brasileiros refugiados no exterior. Tudo é muito brega aqui nos EUA, como deu para se perceber, e nada é mais brega do que uns brasileiros nada a ver comemorando um feriado nada a ver. Mas a breguice tem um espaço nos nossos corações, doa a quem doer. Ela é sempre invocada nesses momentos de comoção coletiva. E convenhamos, não é nada mal se reunir para um banquete com direito a um peru gigante, purê de batata, gravy, apple pie, stuffing, muito vinho, muita cerveja.
Antes do jantar todo mundo, em fila, foi colocado no holofote a dizer o que gostaria de agradecer nessa data. Após ouvir muitos agradecimentos à família, à saúde e à comida na mesa, foi minha vez de dizer algo. Nessas horas o nervosismo sempre atrapalha, ter que fazer um mini discurso na frente de pessoas que eu nem conhecia (família e amigos do meu amigo) e ainda tendo que dizer em inglês; porque apesar de 99% da mesa ser brasileira, tinha um russo que é roommate do meu amigo e não entendia bulhufas de português (noite muito agradável ele deve ter tido com todo mundo falando português na festa). Sucintamente falei um pouco do que eu estava pensando nos últimos dias, que eu gostaria de agradecer à sorte de ter nascido em um ambiente que me deu a oportunidade de ter escolhas na vida, coisa que muita gente no Brasil simplesmente não tem. A escolha tem um preço muito alto nesse nosso modo de vida atual, e é impensável que em pleno 2014, século 21, ainda tenhamos que contar com a sorte para poder ter a possibilidade de escolher o rumo das nossas vidas. Meu curto discurso foi bem recebido. Vi várias expressões de concordância, principalmente do Russo, que pouco tempo antes tinha me dito que tinha praticamente fugido da Rússia depois da queda da União Soviética. Dizia ele que durante aquele época, a vida era muito boa, mas que depois que o capitalismo se instaurou os rachas na sociedade ficaram insuportáveis e sendo cristão ele ficou encurralado por uma legião de muçulmanos que se instalaram na sua região. A fuga aos EUA foi sua escolha, mas uma escolha intragável. Há 17 anos por aqui, o que ele mais quer é voltar para lá.
Estavam todos ali por escolha. Escolha que lhes foi possível por uma condição que lhes propiciou isso, por mérito pessoal ou por simplesmente ter nascido assim. Eu era uma das pessoas que a escolha veio não por mérito próprio, mas por mérito dos meus pais e avós que lutaram muito para que eu tivesse uma condição de vida muito superior à média brasileira, que colocaram na cabeça que educação era de suma importância e que assim me deram as ferramentas para tomar decisões.
Mas voltando para casa me peguei pensando numa situação que tinha ocorrido comigo alguns dias atrás que colocou em xeque meu discurso. Estava eu no Starbucks (minha segunda casa, já que na minha casa não tem internet e eu tenho usado a deles) e entrou e sentou do meu lado um mendigo, roupas esfarrapadas, descalço, com os pés totalmente encardidos. Um mendigo que chamaria atenção da mídia tupiniquim, pois era loiro de olhos azuis. Estou um pouco acostumado com a situação, pois a quantidade de loucos dormindo na rua aqui em Los Angeles é impressionante, em todo quarteirão tem essas pessoas, falando sozinhas, rindo à esmo, com seus carrinhos de supermercado cheio de tranqueira perambulando pelas ruas.
Esse mendigo se sentou ao meu lado e ficou ali, na dele, falando consigo mesmo, se perguntando onde tinha uma loja de tênis por ali, pois precisava comprar um, já que o seu estava desgastado - lembrando que ele estava completamente descalço. Eu evito encarar esse pessoal porque não sei se eles podem ser violentos ou não, mas aconteceu. Olhei para ele e ele começou a falar comigo. Puta vergonha. Não sabia o que fazer. Ignorar é sempre o melhor remédio, mas po, ignorar um cara que tá do seu lado é muita frieza, não consigo ser assim. Ele falou algo que não entendi e repetiu a pergunta da loja de sapato. Disse a ele que tinha uma bem grande ali perto. Ele então começou a soltar umas palavras ininteligíveis, um barulho estranho. Parecia japonês, mas minha falta de conhecimento não me permitia confirmar. Ele falava tudo isso numa chave irônica, como que tirando uma da minha cara. Será que ele tá falando japonês mesmo? Não estava acreditando muito, era um mendigo afinal de contas. Mas aí, do nada, ele começou a falar algo que eu entendia. Ele tava falando nomes de diretores de filmes, Thomas Vinterberg, Lars Von Trier. Ele me perguntou se eu gostava deles. Tive um segundo de paralisia. Falei que sim, que dança no escuro era um dos filmes mais impressionantes que eu já tinha visto. Ele concordou e balbuciou as palavras Festa de Família e os Idiotas. E continuou a falar a língua estranha que parecia japonês. E agora eu até começava a acreditar que era japonês mesmo. Porra, tinha acabado de discutir Dogma 95 com um mendigo! Tudo era possível. E o pior é que ele parecia tirar um sarro absurdo da minha cara, ele ria e falava em “japonês”. Nessa hora eu já estava saindo da loja porque tinha outras coisas para fazer e só disse tchau, devidamente respondido.
Escolha. Lembrei também de um documentário que eu trabalhei um tempo, em que entrevistamos moradores de rua e perguntávamos porque eles estavam na rua. A surpresa veio quando a esmagadora maioria dizia que estava lá porque queria, porque não se dava bem com a mãe, com o padrasto, com a avó, porque curtia a liberdade da rua. Alguém me disse aqui que a maioria desses loucos que moram na rua aqui nos EUA são ex-militares, que voltam da guerra e perdem a cabeça totalmente.
Quando fiz meu discurso sobre a possibilidade da escolha, pensei nessas pessoas que não tem nada e assim, nenhuma oportunidade para decidir seus rumos, e agora eu estava me contradizendo (mais uma vez, coisa que já até aprendi a conviver, as minhas imensas contradições).  A escolha deles era viver sem ter muitas escolhas, ou mesmo a escolha de viver sem ter que ficar escolhendo entre tudo o que esse sistema oferece. 
No meio desse feriado totalmente brega, comemorado bregamente com um bando de brasileiros em Los Angeles, acabou me vindo a mente a maior breguice de todas, mas que não conseguia tirar da minha mente, a crítica a esse Sistema que nos oferece e vende escolhas, mas que na verdade nos dá somente uma: se insira ou enlouqueça.
E que venha o Black Friday!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Nem sei se o Marco continua aqui, mas vou lançar um texto mesmo assim.

Sim, é isso o que eu quero.
Mesmo que eu tente negar, que eu tente me inserir.
A realidade já não me é mais tão real - se é que alguma vez já foi, não lembro.
Qualquer noção pré-concebida, concebida e pós-concebida já causa uma fissura na minha alma (para usar de uma noção já conhecida).
Sei que isso parece radical, mas é muito simples.
Não consigo acreditar em mais nada - muito menos em mim mesmo. Não consigo sentir mais nada, além da dor física, que por enquanto segura-se firme como a única que causa um impacto digno de se tomar nota.
Não, não sou um masoquista, mesmo porque o masoquista sente prazer na dor, e eu não, eu a abomino, a temo. Temeridade, medo, susto. Se eu não sinto nada, como posso usar a palavra medo? Medo é um sentimento? quem criou isso? quem expressou essa ideia com esse conjunto de símbolos a que chamamos de letra?
é um crime literário escrever um texto só com dúvidas? O que é ter dúvida? O que é literatura? O que é crime?
Como disse, é simples: Não sei. Não faço a mínima ideia. Mas preciso fazer? preciso saber?
Acredito que sim. Acho que gostaria de saber. Mas não sei. Não sei se gostaria de saber, não sei algum dia saberei. Não sei se algum dia saberei se gostaria de saber.
Isso faz sentido para você? O que é sentido?
Ok, vou parar com isso agora.
Não quero te aborrecer. Você não precisa disso.
Mas do que voce precisa? Você sabe?
Ok ok…agora parei, desculpe. Eu só tava fazendo uma piadinha.
Você riu?
Espero que sim. Espero mesmo. Eu gosto de fazer as pessoas rirem. Menos pelas pessoas e mais por mim mesmo, por me sentir útil.
Fazer alguém rir é saber que você teve algum impacto nessa pessoa, mesmo que mínima. Mas vale se eu não souber se você riu de fato?
E eu não quero chegar tão longe com isso - não agora - só estou dizendo que se eu não vejo você rindo não consigo fazer essa relação de utilidade. E assim não me sinto bem.
E voltamos ao sentimento.
Só nesse texto eu já me contradisse em ao menos três oportunidades - não vou ficar contando, tenho mais o que fazer. Mas isso não me preocupa. A contradição é a única forma que eu encontrei para conseguir viver nesse mundo.
É na contradição que eu existo, é nela que caminho. É em suas vagas águas que eu navego, flutuando por suas marés, ora baixas ora altas - mesmo não tendo ideia do que significa a palavra contradição.
Acho que na verdade, estou tentando explicar, justificar o porquê da superficialidade que eu deixo escapar da minha personalidade.
Me considero vazio - ou quase vazio (meio vazio, para ser pessimista).
Não consigo gostar de nada. Nada me impacta.
Acho que não gosto de várias coisas, mas não sei explicar o porquê disso. Simplesmente é algo que vem de dentro. Sentimento. É isso?
vou voltar um pouco e perguntar: O que é sentimento?
Não falo isso de chacota. Gostaria mesmo de saber, pois posso estar sentindo mil coisas e nem perceber.
E esse pode ser meu maior problema: A percepção.
Você pode falar: - Seu idiota, você está sentindo tudo isso, tudo o que você falou aqui é sentimentos seus sobre o sentimento.
Mas eu posso responder, ainda te irritando: - Como você pode saber que eu estou sentindo? Você nem sabe se as suas noções de sentimento são as mesmas que a minha. Só o que você sabe é o que se passa com você. Tudo o que você viu, ouviu, leu, provou, tudo o que você tocou, lambeu, beijou, cuspiu, tudo o que você riu, chorou, engasgou, engoliu, tudo o que se passou com você nessa vida, todas as suas experiência, foi algo único, foi algo para você.
Como eu posso ter certeza de que eu tive as mesmas experiências? E não estou falando das experiências literais, e sim as experiências interiores. Tudo faz diferença. Não tem como saber se algo é remotamente similar ao que se passou dentro da sua cabeça.
Você pode argumentar que muitos escreveram isso, que muitos pintaram, esculpiram, filmaram, e que você se identificou.
Mas eu rebato o argumento quando digo que a linguagem foi algo inventada por alguém - mesmo que tenha sido essencial para um conjunto de indivíduos, no caso os seres humanos. Foi algo inventando e espalhado, ensinado, praticamente inserido em nós mesmos desde que nascemos.
Toda nossa noção de sentimento é algo enlatado. Tudo o que sentimos, somos condicionados a relacionar com as noções pré-existentes.
Me parece fácil apontar o dedo e dizer: "você está sentindo sim…isso o que você está sentindo eu também senti". Pura mentira. Puro engano. Pura ingenuidade.
A única verdade é que não existem verdades. Ninguém sabe de nada. Tudo pode ser falso, assim como verdadeiro. E é essa contradição que me mata aos poucos, mas que me permite viver, pois se ninguém sabe de nada, então finalmente posso me sentir incluído.
Sim, me sinto excluído. Não de grupos específicos e panelinhas, mas sim da vida.
A vida me parece um jogo de realidade aumentada. Um jogo que é impossível sair dele - a não ser quando durmo e sonho (mais como um pause). E esse jogo, amigos, é um jogo que eu não tenho ideia de como jogar.
Claro, sei os comandos básicos; sei me comportar, sei falar, ouvir, entender, caminhar, respirar - mesmo que metade desses sejam automáticos, uma espécie de "ajuda" do jogo.
Mas não consigo jogar. Não consigo passar do básico.
É como andar no mundo aberto de GTA, por exemplo. Só andar, ver, passar pelas pessoas, se relacionar com elas minimamente e depois continuar, como se isso sequer fizesse alguma diferença. No caso do GTA normalmente isso significa bater em prostituas e atropelar uns caras na calçada, mas na vida esses excessos não são permitidos - e como você nunca pode sair desse jogo, pode se dar muito mal por isso.
Me falta o knowhow, as artimanhas, os comandos mais elaborados, os "combos". Tudo o que torna um jogador num bom jogador. Me falta o conhecimento para completar as "missões". Missões essas que parece que é o objetivo do jogo, segundo o senso comum. Esse mesmo senso comum que tenta me dizer o que eu estou sentindo tenta me ditar o que devo fazer da vida - mesmo quando a ordem é se divertir. Fica sempre latejando, como no canto da tela, a indicação do que fazer em seguida. Mas tudo o que eu quero fazer é observar, passear, ignorar, sei lá. E essas "missões" não constam nesse jogo. Eu preciso, PRECISO, ter um emprego, ter uma mulher, um filho, preciso me alimentar, preciso contribuir com algo para o mundo, preciso cortar minhas unhas, preciso usar roupas, preciso ter um lugar para morar, preciso pagar o aluguel desse lugar, preciso até comprar meu túmulo no cemitério.
Mas por que eu preciso fazer alguma coisa?
Por que tudo isso me é imposto?
Eu não escolhi nascer. Muito menos nascer nesse corpo, nessa cabeça que não para de pensar em tudo o tempo inteiro, a cada passo que eu dou, a cada ação que eu faça. Simplesmente estou preso nesse jogo, no melhor estilo Tron.
E mesmo sendo tão perfeito graficamente - algo maior que o full hd, veja você! - ele não consegue me gerar a imersão necessária para aproveitai-lo. Fosse no videogame, eu diria que o jogo é lindo, os personagens são muito interessantes, a construção é impecável, mas é chato. Não há liberdade - além de ser muito difícil (pelo menos pra mim). Gostaria de tentar jogar com outro personagem, pode ser qualquer ser humano, pode ser um passarinho, pode ser um lobo, sei lá, qualquer coisa. Gostaria de poder escolher.
Mas em todo caso, peço desculpas por esse enorme desabafo, por essa caoticidade literária, por essa pobreza verbal. Na verdade, um texto que só contém incertezas não faz o mínimo sentido de ser lido, não tem nada novo a inaugurar, nenhuma ideia a ser exposta, a não ser essa que eu disse, que tudo pode ser tudo, que tudo pode ser nada, que nada pode ser nada, que nada pode ser tudo. Então entenda esse texto como quiser, pois nunca vai entendê-lo como eu, e mesmo que entendesse, para você faria um sentido só seu. Ninguém tem a obrigação de curtir nada disso, nem mesmo ler - ninguém tem a obrigação de nada, a não ser viver, que me parece que todos estamos fadados a isso. Dividimos pelo menos isso de concreto. Vivemos num mesmo mundo, falso ou não.
Dito isso, vou lançar minha última contradição, a maior de todas, só para encerrar. Eu simplesmente adoro a vida. Claro, fico triste de não conseguir aproveitar dela o tanto quanto poderia, mas só de poder estar aqui, de observar tudo isso, de acompanhar a humanidade nessa épica história - e porque não, fazer parte disso, mesmo que infimamente - já fico enormemente satisfeito.
Sentimento.
E o que é sentimento?

Foda-se, isso sim.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Retomada do blog - um desabafo sobre leitura e banheiro

Eu estava dando continuidade na minha incursão pela literatura norte-americana e peguei para ler “Uivo e outros Poemas”, considerado um dos principais livros da chamada geração Beat, escrita pelo maluco Allen Gisnberg, que se meteu pelas entranhas da américa junto a Kerouac, Burroughs, Neal Cassady entre outros.

Eu já tinha tido passagens absolutamente maravilhosas com Kerouac e Bukowski – este último o menos beat de todos – mas por alguma razão não consegui me empolgar com o texto de Ginsberg, talvez por ele escrever poemas, que não são o meu forte, mas muito provavelmente porque sentia que o que estava lá escrito era algo profundo, que necessitava de concentração e já que grande parte da minha leitura é feita no trem, a caminho da minha faculdade, decidi que precisava ler o livro em outro lugar, mais tranqüilo. E esse lugar, decidi, seria o banheiro.

Talvez agora tenha algum leitor indignado comigo, pensando ser absurdo um livro da importância de “Uivo” ter sido relegado à literatura de privada. Mas eu não considero isso um rebaixamento. Sempre tive o hábito de ler no banheiro e há algum tempo eu já elaborei uma especificação dos livros de privada que servem para mim. Como não é saudável ficar tanto tempo em posição “fecal” tem que ser algo rápido e muito segmentado, onde posso interromper a leitura e depois retomar sem precisar de muita lembrança da história. Normalmente eu leio livros de contos mais curtos – já li muito Ítalo Calvino e Kafka sentado no trono – e diversas HQ’s.

Eu decidi por ler “Uivo” nesse meu antro porque o banheiro é o lugar em que eu fujo do mundo, o lugar mais tranqüilo em que eu consigo ficar, fora que eu preciso sempre ir pra lá, uma hora ou outra. E como o livro de Ginsberg tem várias partes, ele se torna o candidato perfeito.
Estou feliz com minha escolha até agora. Estou começando a fazer as pazes com ele. E fora que essa escolha me deu a oportunidade de começar outra leitura, essa sendo aproveitada no trem, “O Menino Perdido” de Thomas Wolfe, que não é beat, mas é da moderna literatura norte-americana, junto com Faulkner, Fitzgerald, Hemingway, entre outros.

Não sei se isso interessa a alguém, mas como ninguém lê esse blog, fica então esse post como desabafo. Pensei nele tomando banho e agora externo, quem sabe deixando para a eternidade.

domingo, 13 de abril de 2008

Manifesto

Esse post é só para encher linguiça. Quando teve o Pitching do nosso curso, que é uma banca da faculdade que decide quais roteiros serão filmados no semestre, eu e o marco escrevemos ess manifesto, visando a aprovação dos nossos trabalhos. Deu um certo resultado, pois "Acorde" meu filme, foi aprovado. O do marco não passou, mas ele sabe o lugar dele.
sem mais delongas, segue o manifesto.

Manifesto

Senhores membros da banca do I Pitching do curso Bacharelado em Audiovisual do Senac
Este roteiro, já enviado anteriormente, é fruto de um trabalho árduo, em que passamos por muitas dificuldades pra chegar até aqui. Lutamos Muito. Perdemos muita coisa. (choro). Derramamos nosso sangue em prol dos nossos ideais, e é isso que levamos, não só para o projeto, mas para toda a vida. Poderíamos estar matando, ou roubando, mas estamos aqui, escrevendo roteiros.
A vida é curta demais para ser desperdiçada. Aproveitamos cada minuto da nossa vida, e sei que nos empenhamos 200% nesse projeto, para que nossa vida fosse mais feliz. Sei que podemos melhorar a vida de muitas outras pessoas, assim como esse roteiro fez na nossa.
A reprovação do roteiro seria um insulto à cinematografia mundial, ao talento, e aos bons valores humanos. Mas obviamente a banca e o corpo docente do Senac, não cometeriam este irreversível equívoco, já que a aprovação, será vista como um grande feito de uma instituição particular em prol das artes, como nunca dantes realizado. Esse filme mudará os rumos da história da humanidade.
Seria um atentado à instituição acadêmica ignorar a magnificência desta sublime obra.
Em tempos que a violência, o aquecimento global e a pobreza preocupam a humanidade, nossa mente criativa sempre tem que estar trabalhando para a diminuição desses males, e filmes como esse, com certeza aliviariam a carga explosiva a que estamos sendo submetidos diariamente,
É por esse grandioso motivo que exortamos os senhores da banca a se unir a esse bem-maior, a se juntar a essa causa, a arregaçarem as mangas e fazerem algo pelo futuro, por nossos filhos, netos e bisnetos, para que eles consigam ter uma vida decente, em paz. É de fundamental importância que esse roteiro seja aprovado, é de fundamental importância que algo esteja sendo feito. Imaginem todas as pessoas, vivendo em paz, apertando as mãos e dizendo “Como você vai?”, salvando dinheiro para as crianças. Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Prestem atenção, membros da banca. Vocês têm em mãos um documento poderoso, um documento com o futuro do nosso planeta. Prestem atenção, senhores da banca. Nada no mundo aliviará a culpa de vocês, sabendo que esse documento foi ignorado e reprovado.
O bem-estar da população está em sua decisão.
Nossa consciência está limpa, deixamos esse pitching com a convicção, de que saímos dessa sala, para entrar na história.

Grato pela atenção.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Diálogos!

Como o blog anda meio devagar, acho que vou usar este espaço para começar uma série chamada " Diálogos" tendo em vista que as melhores idéias e as coisas mais engraçadas acabam saindo de informais e naturais conversas entre as pessoas.

Ontem mesmo, com meu gravador escondido no carro consegui gravar um diálogo muito interessante com um amigo, assim que eu transcreve-lo postar aqui no blog como o primeiro da série!

Pronto comentei...

Não quero usar este blog para ficar comentando filmes, até pq, e não sei por qual razão também, não me sinto mto à vontade para isso, mas hoje vou abrir uma excessão para comentar o Shine a Light, o "documentário" sobre o Rolling Stones de MArtin Scorsese....

Frustração. É o que pode resumir o que senti ao ver o filme de MArtin Scorsese sobre os Rollings Stones.
Talvez a culpa dessa frustração seja minha, que esperava ver um documenário de uma grande banda feita por um grande cineasta. MAs o que pude ver não foi um documentário, nem mesmo cinema. Se vc já assistiu a qualquer DVD de um show dos Rollings Stones, não perca seu tempo indo ao cinema.
Uma infinidade de câmeras capta duas horas de um show realizado pelos Stones no Beacon Theater, resultado ? nada mais do que esperado, belas imagens, belos planos um show e nada mais.
O pior de tudo foi a expectativa deixada pela parte incial do filme, logo no começo pensei " vai ser do caralho!" JAgger achando uma merda o design do palco, Scorcese querendo desesperadamente saber o set list, Ron Wood jogando sinuca, ensaios da banda, conversa por telefone com Mick jagger, mas tudo foi por água abaixo assim que o Show começou.
Ao final do filme, conhecia cada ruga do rosto de mick JAgger melhor do que as minhas próprias, não aguentava mais! enquanto o mais interessante, o mais curioso passava perto e não era explorado, Como o cenas de Charles Watt, aliviado após a execução de uma música, Keith Richards falando ao público, ou até os planos mais belos e cinematográficos, como o de Richards cuspindo contra luz, o olhar de buddy Guy, o diálogo absolutamente expressivo dos dois guitarristas que pareciam conversar e se entender perfeitamente atráves de suas guitarras eram logo cortados para uma das mil câmeras que focalizavam o rosto de Mick JAgger.
O místico e lendário guitarrista-personagem-pronto, Keith Richards ficou em segundo plano, assim como a misteriosa Figura de Charles Watts que não foi explorada e continuou no fundo do palco. Tudo em troca das rugas de JAgger. e Tudo que conseguiram dele tirar, foram as rugas, nada mais profundo que isso, 2 horas de um show bem filmado de rugas de JAgger.
Faltou ousadia ao filme, o que eu pelo menos esperava de ver, era algo inédito. Os bastidores, as expressões, as conversas, risadas, os erros, as brigas as loucuras, as melhores e raras cenas do filme diziam a respeito disso! do lado humano e belo dos já prontos personagens. Faltou dar um toque de cinema ao show, um slowmotion de um detalhe que passa despercebido, um close up do inusitado, imagine se por exemplo ao invés do show, pudéssemos ver tudo que se passou antes do show começar, bastidores, personagens curiosos encolvidos, a relação entre o cinema e a música, mas após 3 ou 4 músicas, não consegui perceber ninguém na sala escura sequer batendo os dedos na divisória da poltrona no ritmo da música.
O MAterial e argumento do filme já estavam pronto. Os Rollings Stones por sí só já renderiam algo maravilhoso. Mas o resultado final foi absolutamente decepcionante. Não me surprenderei se o próximo "documentário" (se é que esse registro de show pode ser considerado documentário) de Scorsese for uma mega produção sobre um casamento de uma estrela pop qualquer.
Ufa...pronto falei...e essa tinha que falar, tava engasgado...

sábado, 22 de março de 2008

Metodologia do Pelé da pesquisa

Assunto de quando nao se tem assunto....
....MARCO diz:
to querendo te ajudar
MARCO diz:
ja q tu nao foi em aula nenhuma
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
hehehe
MARCO envia:

A transferência de "CRISES.doc" está concluída.

Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
escuta, vc tem como imprimir aí na sua casa?
MARCO diz:
tenho sim
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
boa joe....prometo fazer uma página só
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
(é só o que eu conseguiria, anyway)
MARCO diz:
relax joe...
MARCO diz:
desde q vc nao coloque uma foto gigante do robert Drew na capa do trabalho ta sussa
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
booooa idéia...faço uma trmenda capa, índice e talz
MARCO diz:
haha

Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
Índice:
MARCO diz:
e escreve um paragrafo
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
Trabalho, página 2
MARCO diz:
bibliografia pagina 2

Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
conclusão página 2
MARCO diz:
comentarios pagina 2
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
agradecimentos, página 2
MARCO diz:
apendice pagina 2
MARCO diz:
epilogo pagina 2
MARCO diz:
hahah

Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
livros do mesmo autor, página 2
MARCO diz:
hahah

Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
índice, página 2
MARCO diz:
hahah
MARCO diz:
cara
MARCO diz:
se vc colocar cada uma dessas coisas numa pagina
MARCO diz:
seu trabalho vai ter 20 paginas
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
hahahaha
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
é nada...cada coisa é uma linha
MARCO diz:
mas cada coisa tem q vir em uma pagina
MARCO diz:
lembra da metodologia da pesquisa ??
MARCO diz:
para organizaçao do trablho

Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
haa é...hahaha...uma linha por página
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
aí eu tenho que usar folha reciclável e colocar um adendo ao índice: Responsabilidade ecológica, página 2
MARCO diz:
hahahahahhahah
MARCO diz:
ahahhahahaha
MARCO diz:
haha
MARCO diz:
vamos lançar um livro
MARCO diz:
"metodologia do pelé"
MARCO diz:
como dar um pelé no seu trabalho academico
Stefano_Mais Lost do que nunca diz:
hahahaha...fudido...adorei essa conversa
MARCO diz:
ai fazemos um logo " crtl +c ctrl v,use com moderação"


(nossa, descobri q eu falo pra caralho....PRONTO FALEI!


Marcola