domingo, 13 de abril de 2008

Manifesto

Esse post é só para encher linguiça. Quando teve o Pitching do nosso curso, que é uma banca da faculdade que decide quais roteiros serão filmados no semestre, eu e o marco escrevemos ess manifesto, visando a aprovação dos nossos trabalhos. Deu um certo resultado, pois "Acorde" meu filme, foi aprovado. O do marco não passou, mas ele sabe o lugar dele.
sem mais delongas, segue o manifesto.

Manifesto

Senhores membros da banca do I Pitching do curso Bacharelado em Audiovisual do Senac
Este roteiro, já enviado anteriormente, é fruto de um trabalho árduo, em que passamos por muitas dificuldades pra chegar até aqui. Lutamos Muito. Perdemos muita coisa. (choro). Derramamos nosso sangue em prol dos nossos ideais, e é isso que levamos, não só para o projeto, mas para toda a vida. Poderíamos estar matando, ou roubando, mas estamos aqui, escrevendo roteiros.
A vida é curta demais para ser desperdiçada. Aproveitamos cada minuto da nossa vida, e sei que nos empenhamos 200% nesse projeto, para que nossa vida fosse mais feliz. Sei que podemos melhorar a vida de muitas outras pessoas, assim como esse roteiro fez na nossa.
A reprovação do roteiro seria um insulto à cinematografia mundial, ao talento, e aos bons valores humanos. Mas obviamente a banca e o corpo docente do Senac, não cometeriam este irreversível equívoco, já que a aprovação, será vista como um grande feito de uma instituição particular em prol das artes, como nunca dantes realizado. Esse filme mudará os rumos da história da humanidade.
Seria um atentado à instituição acadêmica ignorar a magnificência desta sublime obra.
Em tempos que a violência, o aquecimento global e a pobreza preocupam a humanidade, nossa mente criativa sempre tem que estar trabalhando para a diminuição desses males, e filmes como esse, com certeza aliviariam a carga explosiva a que estamos sendo submetidos diariamente,
É por esse grandioso motivo que exortamos os senhores da banca a se unir a esse bem-maior, a se juntar a essa causa, a arregaçarem as mangas e fazerem algo pelo futuro, por nossos filhos, netos e bisnetos, para que eles consigam ter uma vida decente, em paz. É de fundamental importância que esse roteiro seja aprovado, é de fundamental importância que algo esteja sendo feito. Imaginem todas as pessoas, vivendo em paz, apertando as mãos e dizendo “Como você vai?”, salvando dinheiro para as crianças. Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Prestem atenção, membros da banca. Vocês têm em mãos um documento poderoso, um documento com o futuro do nosso planeta. Prestem atenção, senhores da banca. Nada no mundo aliviará a culpa de vocês, sabendo que esse documento foi ignorado e reprovado.
O bem-estar da população está em sua decisão.
Nossa consciência está limpa, deixamos esse pitching com a convicção, de que saímos dessa sala, para entrar na história.

Grato pela atenção.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Diálogos!

Como o blog anda meio devagar, acho que vou usar este espaço para começar uma série chamada " Diálogos" tendo em vista que as melhores idéias e as coisas mais engraçadas acabam saindo de informais e naturais conversas entre as pessoas.

Ontem mesmo, com meu gravador escondido no carro consegui gravar um diálogo muito interessante com um amigo, assim que eu transcreve-lo postar aqui no blog como o primeiro da série!

Pronto comentei...

Não quero usar este blog para ficar comentando filmes, até pq, e não sei por qual razão também, não me sinto mto à vontade para isso, mas hoje vou abrir uma excessão para comentar o Shine a Light, o "documentário" sobre o Rolling Stones de MArtin Scorsese....

Frustração. É o que pode resumir o que senti ao ver o filme de MArtin Scorsese sobre os Rollings Stones.
Talvez a culpa dessa frustração seja minha, que esperava ver um documenário de uma grande banda feita por um grande cineasta. MAs o que pude ver não foi um documentário, nem mesmo cinema. Se vc já assistiu a qualquer DVD de um show dos Rollings Stones, não perca seu tempo indo ao cinema.
Uma infinidade de câmeras capta duas horas de um show realizado pelos Stones no Beacon Theater, resultado ? nada mais do que esperado, belas imagens, belos planos um show e nada mais.
O pior de tudo foi a expectativa deixada pela parte incial do filme, logo no começo pensei " vai ser do caralho!" JAgger achando uma merda o design do palco, Scorcese querendo desesperadamente saber o set list, Ron Wood jogando sinuca, ensaios da banda, conversa por telefone com Mick jagger, mas tudo foi por água abaixo assim que o Show começou.
Ao final do filme, conhecia cada ruga do rosto de mick JAgger melhor do que as minhas próprias, não aguentava mais! enquanto o mais interessante, o mais curioso passava perto e não era explorado, Como o cenas de Charles Watt, aliviado após a execução de uma música, Keith Richards falando ao público, ou até os planos mais belos e cinematográficos, como o de Richards cuspindo contra luz, o olhar de buddy Guy, o diálogo absolutamente expressivo dos dois guitarristas que pareciam conversar e se entender perfeitamente atráves de suas guitarras eram logo cortados para uma das mil câmeras que focalizavam o rosto de Mick JAgger.
O místico e lendário guitarrista-personagem-pronto, Keith Richards ficou em segundo plano, assim como a misteriosa Figura de Charles Watts que não foi explorada e continuou no fundo do palco. Tudo em troca das rugas de JAgger. e Tudo que conseguiram dele tirar, foram as rugas, nada mais profundo que isso, 2 horas de um show bem filmado de rugas de JAgger.
Faltou ousadia ao filme, o que eu pelo menos esperava de ver, era algo inédito. Os bastidores, as expressões, as conversas, risadas, os erros, as brigas as loucuras, as melhores e raras cenas do filme diziam a respeito disso! do lado humano e belo dos já prontos personagens. Faltou dar um toque de cinema ao show, um slowmotion de um detalhe que passa despercebido, um close up do inusitado, imagine se por exemplo ao invés do show, pudéssemos ver tudo que se passou antes do show começar, bastidores, personagens curiosos encolvidos, a relação entre o cinema e a música, mas após 3 ou 4 músicas, não consegui perceber ninguém na sala escura sequer batendo os dedos na divisória da poltrona no ritmo da música.
O MAterial e argumento do filme já estavam pronto. Os Rollings Stones por sí só já renderiam algo maravilhoso. Mas o resultado final foi absolutamente decepcionante. Não me surprenderei se o próximo "documentário" (se é que esse registro de show pode ser considerado documentário) de Scorsese for uma mega produção sobre um casamento de uma estrela pop qualquer.
Ufa...pronto falei...e essa tinha que falar, tava engasgado...